Glutamina e seus Efeitos na performance
A Glutamina é um aminoácido, encontrado em grande quantidade no plasma e tecidos. Circula no plasma em proporção de mais de 20% do total dos aminoácidos livres. É sintetizado no organismo, logo não é considerado um aminoácido essencial. A Glutamina é sintetizada a partir do ácido glutâmico, valina e isoleucina. Porém em condições extremas, a concentração desse aminoácido pode diminuir em até 50%. Por isso, a Glutamina vem sendo suplementada de modo amplo.
Muitas vezes, a suplementação oral não tem a eficácia esperada, devido o consumo pelos enterócitos do epitélio intestinal. Por esse motivo, costumo suplementar glutamina para pacientes que tiveram ou tem qualquer problema na estrutura celular intestinal, como pólipos, infecções intestinais e até cânceres. A Glutamina é um dos fortes aliados para recuperar a parede intestinal.
A Glutamina é importantíssima na síntese proteica, onde é doador de nitrogênio durante a síntese de purinas, pirimidinas e amino-açúcares. Nos rins participa no controle do equilíbrio ácido-básico, no fígado pode atuar com agente gliconeogênico, isto é na formação de glicose. No músculo esquelético, representa pelo menos 40% do pool de aminoácidos livres.
A Síndrome do Over Training ou Síndrome do excesso de treino, normalmente provocada por sucessivos exercícios prolongados e intensos, aliados a períodos de recuperação insatisfatórios.
Sintomas como fadiga, irritabilidade, distúrbios do sono e depressão, são comuns nesse período.
Em Over, o atleta tem grande possibilidade de contrair infecções, já que seu sistema imunitário encontra-se deficiente.
Estudos ainda são conflitantes, em relação a quantidade plasmática de glutamina, pós exercício em atletas.As maiores concentrações foram verificadas em ciclistas.
Um consumo adequado de carboidratos parece ser efetivo para prevenir a depleção de glutamina. Vejam que em vários artigos, recebemos a informação que um consumo adequado de carboidratos, sempre irá melhorar a atuação de inúmeras substâncias responsáveis pela fisioilogia ideal do organismo do atleta.
Estudo realizado na Inglaterra, mostrou grupo que recebeu 40% de carboidratos na dieta e outro grupo que recebeu 70% de carboidratos , o de maior consumo de carbo foi privilegiado com uma preservação maior da glutamina músculo-esquelética.
Vários órgãos tendem a aumentar a captação e uso de glutamina durante e após o exercíco, como por exemplo os rins. Os rins sintetizam glicose, a partir de glutamina e sobretudo dependem de amônia carreada pela glutamina, para manterem o balanço ácido-básico do organismo. Logo, a diminuição da concentração plasmática de glutamina é diretamente porporcional ao aumento da intensidade do exercício realizado. Também ocorre sintese de glicose no fígado, utilizando-se a glutamina .
Os efeitos ergogênicos, propostos para utilização de glutamina são:
. Ação anticatabólica, fonte de energia em situações de aumento da demanda energética, auxílio na remoção dos metabólitos da atividade física e fortalecimento do sistema imunológico.
Dose recomendada: 5 a 20 gramas
Apresentação: pó.
Efeitos adversos: nenhum efeito colateral foi relatados.
Aspectos legais e éticos: a suplementação com glutamina não é considerada doping pelo COI.
Em minha experiência pessoal, em pessoas fisicamente ativas, a glutamina tem apresentado efeitos positivos, onde os mesmo relataram melhora no paladar dos alimentos ingeridos .
5 gramas de glutamina em 100 ml de água, em jejum. Essa é a minha suplementação básica.